Novos direitos e novas cidadanias no envelhecer do século XXI

a realidade do idoso no Brasil

Resumo

     

A presente obra, forjada em muitas mãos, diversidade de olhares e multiplicidade de saberes, é retrato da brasilidade. De uma sociedade que precisa pensar o envelhecer, que se vê marcado nas rugas e desigualdades institucionalizadas do cotidiano em um isolamento social da pessoa sexagenária, agravado pelo distanciamento social neste contexto de pandemia que a todos abraça, a alguns estrangula, e aos mais vulneráveis socialmente, elimina. Organizada está em três sessões, Pensando as Instituições Jurídicas na Cidadania Sexagenária, Envelhecimento e Revolução 4.0, e Políticas De Saúde E Longevidade, nas quais as preocupações representadas, resultam em uma intertextualidade que se complementa no diálogo, nas críticas e nas demonstrações entre idealidades operativas institucionais e nas realidades concretas de uma vida severina da pessoa idosa. Os estudos aqui compartilhados discutem questões e indicam possibilidades, de uma aproximação lacaniana, em que se toma em consideração a existência da pessoa idosa, para em respeito a ela, elaborarem-se propostas à institucionalização de espaços, de práticas, de procedimentos, mas sobretudo, do reconhecimento estratégico com ações para a manutenção da integração social da pessoa idosa na sociedade, da perspectiva de uma atualização, não apenas semântica de direitos, mas no estabelecimento de novos direitos que atualizem a dignidade do ser humano idoso, dando-lhe vigor à sua cidadania. A obra coletiva, atendendo às exigências do edital, traz reflexões enfrentando os desafios de uma globalização permeada pela Revolução 4.0, e a transmutação das relações de trabalho e dos papéis sociais que se reorganizam no seu arrasto tecnológico, a fim de combater e minimizar os efeitos das exclusões sociais colaterais produzidos, como a ausência de novos meios de conexão e de relacionamentos sociais pelos fluxos e ambientes de comunicação da era digital, pensando a construção da subjetividade e da identidade constitucional da pessoa idosa.